Mobile Day: como repensar sua estratégia mobile

Bem-vindo a 2015, o ano em que o mobile ultrapassa o desktop. Segundo uma pesquisa recente da Mary Meeker, nós olhamos nossos celulares mais de 150 vezes por dia. É um dos poucos objetos que é tão pessoal que tem senha.

Mobile Day

Nós mal lembramos como era a vida antes dele. Ligar pra casa de alguém e perguntar se o fulano está. Ficar na chuva tentando pegar um táxi. Passar horas na fila do banco. Ele está tão integrado ao nosso dia a dia que a gente não percebe a profundidade do impacto, mas o celular é disruptivo: ele transforma a vida das pessoas, assim como transforma mercados e indústrias inteiras.

Estamos tão ligados a ele que aquela aflição que a gente tem quando esquece o celular em casa tem um nome próprio: NoMoFobia. E, mais que tudo, o celular transformou a maneira que a gente busca as coisas, decide e faz compras. Bem-vindo a 2015: o ano em que o mobile ultrapassou o desktop. Mas as marcas não estão acompanhando essa transformação.

O investimento em mobile ainda é de apenas 5%. Alguns mitos ajudam na relutância das marcas em investir no mobile:

  • “O país está na frente da TV.”
  • “Mobile é para ricos e jovens.”
  • “É só para redes sociais e entretenimento.”
  • “Sites móveis não têm conversão.” Mas, afinal, são mitos. A realidade é bem mais interessante. Olha só:

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“O país está na frente da TV”:

  • 67% dos que veem TV também assistem a vídeos na web.
  • Desses, ¼ vê mais vídeos na web do que na TV.
  • 6 em cada 10 espectadores usam o mobile ao mesmo tempo que assistem TV.
  • E desses, 7 em 10 prestam mais atenção no mobile.

“Mobile é para ricos e jovens”:

  • 62% dos usuários de smartphone têm mais de 25 anos.
  • São 48,3 milhões de usuários de smartphone na classe C.
  • Quase metade dos internautas possui smartphones.
  • A classe C cresceu 204% em menos de uma década. A população total cresceu 10%.
  • A classe C movimenta 495 bilhões de reais em renda própria por ano.

“É só para redes sociais e entretenimento”:

  • Apenas 28% do tempo é gasto com redes sociais e entretenimento.
  • Os outros 72%? Fotos, bancos, mapas, apps de empresas, buscas, e-mail, comparação de preços, compras… “Sites móveis não têm conversão”:
  • 86% dos usuários de smartphone fazem pesquisa de compras no mobile.

Não dá pra pegar seu site desktop, jogar no mobile e achar que a experiência vai ser boa.

 

O site mobile é o principal canal para atividades comerciais no celular. Quando medido adequadamente, o resultado do mobile surpreende. Muito mais que o último clique, o mobile traz toda uma série de micro-conversões que afetam a jornada de compra – e os resultados da sua marca.

Agora é o momento de repensar a sua estratégia de mobile: qual a experiência que você oferece, como comunica isso e como deveria medir seu sucesso no mobile.

O comportamento do consumidor mudou. E mudou em um ritmo muito maior do que as marcas conseguem acompanhar. O mobile formou novos comportamentos e hábitos que alteram como as pessoas passam por toda a jornada de consumo.

Hoje, as batalhas pelos corações, mentes – e carteiras – são ganhas ou perdidas em micro-momentos, momentos de tomada de decisão e formação de preferência que acontecem ao longo dessa jornada. A gente não entra mais online.

A gente vive online. E o que costumava ser uma “sessão” em frente ao computador foi substituído por interações fragmentadas que acontecem instantaneamente. Nós temos centenas desses momentos todos os dias: olhando as horas, mandando um SMS para um parceiro, batendo papo com os amigos em redes sociais.

Mas também existem outros momentos. Os momentos preciso-tirar-essa-dúvida-agora. Os momentos como-eu-chego-lá-mesmo. Os momentos quero-muito-comprar-isso. Momentos que importam muito. E são justamente esses micro-momentos que podem virar o jogo para consumidores e marcas. Micro-momentos: momentos espontâneos de tomada de decisão que ditam resultados ao longo de toda a jornada de consumo.

Uma coisa é certa: quando seu consumidor procura sua marca no mobile, ele precisa encontrá-la.

 

Eles acontecem quando as pessoas, como que por reflexo, voltam-se para um aparelho – que cada vez mais é o celular – para agir sobre uma necessidade de aprender, fazer, descobrir, assistir ou comprar. São momentos ricos em intenção, onde decisões são feitas e as preferências são formadas. Nesses momentos, a expectativa do consumidor está mais alta que nunca. Os poderosos computadores que a gente carrega no bolso treinaram a gente a esperar que as marcas entreguem exatamente o que estamos procurando, na hora que estamos procurando. A gente quer tudo certo e na hora.

Para ter sucesso, precisamos entender primeiro as pessoas, depois a tecnologia. Pense nesses dados de uma pesquisa recente:

– 69% das pessoas que viajam a lazer e têm um smartphone buscam por ideias de viagem em momentos livres, como numa fila ou esperando o metrô.
– 91% dos usuários de smartphone buscam por informação em seus aparelhos enquanto estão no meio de alguma outra tarefa.
– 82% dos usuários de smartphone consultam seus aparelhos enquanto estão na loja decidindo o que comprar. E desses, um em cada dez acaba mudando sua decisão de compra.
– 69% dos consumidores online concordam que a qualidade, o timing ou a relevância das mensagens de uma empresa afetam sua percepção da marca. O que isso significa? Que as marcas bem-sucedidas de amanhã vão ser as que têm uma estratégia para entender e suprir as demandas dos consumidores nesses micro-momentos.

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